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domingo, 7 de dezembro de 2014

Review do episódio 5x11 ("No One Here Can Love Or Understand Me")

[AVISO: Quem não gosta de recaps escritos com ironia, não deve ler este texto]

O episódio em que a Aria vai ao cinema e se rejeita a história desta série para se a contar a de Ravenswood.


Olá, pessoas que ainda vêem Pretty Little Liars mesmo depois de terem assistido a este que foi um dos piores episódios de sempre.
Este capítulo divide-se em quatro plots, depois de as Liars perceberem que não podem ir contar à polícia a verdadeira história de Alison. Elas iam muito decididas para o posto, mas, depois de serem ameaçadas pela –A com algo que, falado com a polícia, poderia ser prontamente solucionado, resolveram também muito decididamente não contar nada a ninguém e continuar a navegar pelas águas calmas desta série que não estão a levar a trama a lugar nenhum.


 A seguir ao genérico, Spencer e Emily, que nesta temporada andam, sabe-se lá porquê, sempre juntas, bebem um café cheio de chantilly enquanto conversam sobre não quererem atender as chamadas de Alison. No decorrer do episódio percebemos que esta cena não interessou para nada, porque o facto de as Liars não atenderem as chamadas da ex-amiga não tem repercussões nenhumas.


Entretanto, avançamos para o início da plot do Caleb neste episódio, que continua a ser – choquem-se – o seu problema com a bebida, que está relacionado com Ravenswood, e sobre o qual ele se recusa a falar. E pronto, logo a partir daqui percebemos que as cenas seguintes vão atrasar a plot toda para depois, no final, ele nos falar da história da série Ravenswood, que foi tão fantástica que até teve de ser cancelada. Sim, estamos a esgravatar neste episódio a história de uma série que ninguém via, por teimosia dos escritores.


Paralelamente, para não nos mostrarem sempre a Aria em casa do Ezra, desta vez os escritores decidiram meter lá a Emily, que pretende que o professor procure informações sobre Cyrus, o alegado raptor de Alison. Os dois falam sobre a possibilidade de ele ter admitido o crime sob ameaça de Alison.


Aria chega a casa e vê que Mona está lá, para tentar tornar a sua história interessante, mas como os escritores de PLL odeiam a personagem dela, decidiram-na pô-la a fazer os TPC. Ah, e o Byron regressa neste episódio para nos dizer que ainda está vivo. Este personagem teve uma história com Alison ao longo de temporadas e, agora, por Obra e Graça e Espírito Santo, parece que nem sequer a conhece, uma vez que nunca se mostra afectado pelo regresso da rapariga. Enfim, esta é a lógica de Pretty Little Liars.


Na escola, as quatro Liars falam sobre a possibilidade de Alison ser –A, mas acabam por mudar rapidamente de assunto para algo muito mais importante: A história do Caleb.


No átrio, Paige aparece a falar com Emily, ou não fosse este episódio escrito pelo Joseph Dougherty, que é obcecado por Paily. As duas parecem querer reconciliar-se, mas a Marlene King não deve ter deixado o Joseph escrever a cena da reconciliação pois queria ser ela a fazê-lo na mid-season finale, de uma forma tão carinhosa que até eu a dar um pontapé numa porta seria um acto de maior ternura quando comparado com a cena em questão. Mas não nos vamos adiantar.


No quarto de Spencer, a jovem encontra um envelope atrás da porta, deixado por Melissa, depois de nos dizer que o Toby agora vai para polícia. Sem comentários. O envelope contém a única revelação de jeito do episódio, mas que não é suficiente – nem de perto - para o tornar bom.


Lá dentro está a gravação da confissão de Melissa relativa à morte de Bethany. Foi ela que a matou, ao tê-la enterrado viva depois de pensar que se tratava de Alison e que ela havia sido morta por Spencer. Wow. Deixem-me só dizer-vos o quão conveniente é para os escritores que Melissa não tenha visto a cara da rapariga nem se tenha dado ao trabalho de verificar se ela estava mesmo morta.


É que, ao levarmos pedradas, partimos a cabeça, mas é preciso fé para morrermos logo instantaneamente. Enfim. Em vez de se ter pensado nestes pormenores, no writers room deve ter-se discutido como tornar a cena da confissão mais bonita, tendo-se a ideia de meter Spencer à frente da irmã aquando do momento do visionamento do vídeo. Prioridades, meus amigos. Prioridades.


Entretanto, Tanner aparece a Aria, Hanna e Emily e pede-lhes condicionador para o cabelo, a julgar pela imagem. Insinua que foram elas que mataram a rapariga enterrada no lugar de Alison.


Voltamos depois à plot do Caleb, com Keegan Allen, no papel de Toby, a fazer umas das suas piores performances de sempre – como se alguma vez ele tivesse mostrado ser sequer um actor – ao perguntar-lhe a razão da sua estupidez. Caleb continua a não querer falar, porque ainda vamos a meio do episódio, e ninguém tem a ideia de telefonar para os pais do rapaz. Que grandes amigos. Quero ter uns assim.


No Brew, Paige mostra aos haters da sua personagem que também consegue ser bonita, numa cena com Emily que não interessou nem ao menino Jesus.


O momento alto da noite é quando Aria vai ao cinema e não leva pipocas. Ella está a faltar para compor a família Montgomery, mas, como não deve ter havido dinheiro para meter lá actriz neste episódio, puseram lá a Mona. E pronto, mais momentos de tensão entre as duas inimigas, para a Aria ter alguma coisa para fazer na série.


Entretanto, como Rosewood é um bidé, Paige aparece também na sala de cinema e troca um olhar com Aria, que acaba por não ser relevante para coisa alguma, pois o encontro delas não tem efeitos nenhuns em ninguém. É bem, Joseph, queremos mais cenas aborrecidas e sem sentido, como esta. E ele atende a este nosso pedido mais adiante.


Mas primeiro, Aria diz ao ouvido de Mona algo muito desagradável, que a faz chorar. Nós não ouvimos, mas deve ter sido algo do género: “És má”, ou “Estás demasiado rouca para apareceres neste episódio”. Depois pede-lhe desculpa e fica tudo bem. Ufa! E eu a pensar que as coisas iam dar para o torto.


Mais adiante, Spencer continua a pensar no vídeo de Melissa, sem parar, até se tornar incrivelmente aborrecido vê-la no ecrã. Mais valia irmos para o cinema da Aria continuar a ver o grande filme do Hitchcock, Strangers on a train.


Ezra e Emily encontram-se no Brew para fecharem a plot deles neste episódio. Na cena, Ezra dá a Emily novas informações sobre Cyrus, que, se formos a ver bem, não são novas. O que interessa do encontro é o facto de a foto que ele lhe mostra provar que Alison e Cyrus estavam envolvidos. Estamos a andar em círculos. Mas já nos habituámos a isso.


Chegados ao grand finale do episódio, numa conversa muito emotiva, Caleb conta a Hanna a história toda da spin-off desta série e ela acaba imediatamente com o sofrimento dele ao dizer a coisa mais banal do mundo: “Vamos ultrapassar isto”. Mais valia ter pegado numa varinha e feito um feitiço. Tendo em conta que agora até já se traz o tema do sobrenatural para esta série, sempre seria algo mais interessante de se ver. Pelo menos o cabelo de bruxa – com madeixas pretas - ela já tem.


Aria ouve Tanner contar a Byron que uma das raparigas vai confessar tudo. Conta tudo a Spencer e Emily, que também partilham as maçãs que colheram ao longo do episódio.


E pronto, o capítulo acaba com “A” em modo fantasma, no meio de pirilampos fantasmagóricos vindos de Ravenswood, a vigiar Hanna e Caleb, aliviados por esta plot ter finalmente sido encerrada.

Beijinhos.
-R

2 comentários:

  1. mas o que é isto? questiono-me seriamente se isto foi escrito por alguém que gosta da série ou por um dos maiores haters que a série tem...

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    1. Olá, anónimo.

      Ser fã da série não implica gostar cegamente de tudo. Eu sou bastante exigente com as séries de que gosto e não apreciei particularmente este episódio. Além disso, o meu estilo de escrita é muito irónico.

      Com os melhores cumprimentos,
      -R

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