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sábado, 10 de janeiro de 2015

A carta de suicídio da Spencer!!

Olá, pessoal. Tenham calma, a Spencer não se vai suicidar.
O Pretty Little Liars Portugal teve a ideia de imaginar como seriam as cartas que as Liars escreveriam à Alison caso se quisessem suicidar, fartas de todo o drama e desespero que a ex-amiga lhes causou ao longo de todo este tempo.


Aqui fica a carta da Spencer, totalmente pensada e escrita por mim. Espero que gostem.

Alison,

Decidi escrever-te esta carta porque foste, indubitavelmente, a pessoa mais importante da minha vida. Ao ponto de seres a culpada da minha morte. Porém, antes de mais, deixa-me que te conte a história da tua importância.
Quando tinha dez anos, gostava de ler livros adultos às escondidas. E desde cedo que me apaixonei pela escrita da Agatha Christie. Posto isto, comecei sem freios a ler toda a sua obra bibliográfica. 
Lembro-me que um dos livros dela que sempre quis muito ler era "Os Crimes ABC". Só que estava na prateleira mais alta da estante do escritório do meu pai e eu não tinha altura suficiente para lá chegar (A Aria provavelmente ainda não tem…).
 “Crimes”. É engraçado como deste todo um novo tartáreo significado a esta palavra. E, devido a isso, por mais hieroglífico que te possa parecer, agradeço-te. Acrescentaste-me muito. E cresci.
Mas na altura não te conhecia. Não conseguia chegar mais alto. Por isso, peguei num banquinho de madeira e subi para ele. Como deves estar retorcidamente a imaginar, desequilibrei-me e caí.
Lembro-me de estar já no chão e de ainda sentir que estava a cair. E isso pareceu-me muito estranho. Eu sabia que estava no chão, mas ainda estava a cair. “Por que é que ainda estou a cair?” foi a pergunta que me fiz.
E fi-la durante anos, pois sentia que ainda não me tinha estatelado no chão.
Eu continuei a cair e, se me fizeres novamente a pergunta, eu respondo-te que ainda estou a cair. Não consigo parar.
Contudo, a determinado momento, tens que te perguntar se queres continuar a iludir-te nesse desamparo dentro da bolha de ar que é essa defesa do teu cérebro contra o que podemos chamar de vida, ou se preferes tomar uma atitude.
Eu decidi tomar a atitude. E foste tu que me incentivaste a fazê-lo.
Contra a força da gravidade não há nada que possa fazer. Vou deixar-me ir. É esta a minha decisão. É este o meu último capricho.
Dizes que a imortalidade é morrer-se jovem e de uma forma misteriosamente trágica. Eu, tal como John Quincy Adams, acho que a imortalidade é a marca que deixas nas pessoas que cá ficam. Eu sei que toquei no coração do Toby, eu sei que inspirei pessoas, eu sei que, por vezes, orgulhei os meus pais e a minha irmã. Eu sei que a Emily vai sentir que parte dela morreu também. Eu sei que a Hanna vai entrar noutra depressão. Eu sei que a Aria vai sentir que perdeu a alma gémea. Mas também sei que tu não vais ganhar com a minha morte, Alison. Eu sou uma das primeiras pessoas a desaparecer da tua vida, mas, quando, no futuro, olhares à tua volta e não vires ninguém, vais aperceber-te de que, na verdade, tu foste a primeira pessoa desta história a morrer. Até para ti própria.
Agora já tenho altura suficiente para pegar no livro da Agatha Christie, na prateleira mais alta da estante. Mas eu decidi não o fazer. Eu não quero mais continuar. Vou ficar no chão. Para sempre.

Adeus, Ali.

Spencer Hastings

A carta de suicídio da Aria vai também ser escrita por mim. A da Emily vai ser redigida pela Daniela e a da Hanna pela Ana.

Kisses,
-R

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