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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Alison's Pretty Little Diary


O blog Fonte Liars Brasil publicou partes do Diário de Alison da autoria da tão conhecida por todos nós, Sara Shepard.
Quero relembrar que as personagens dos livros são fisicamente diferentes das personagens da série.

Parte I

Eu acho que acabei de encontrar as minhas quatro novas melhores amigas. Elas não são novas no colégio nem nada assim - tenho quase certeza que elas sempre moraram por aqui. Mas elas são novas para mim. Elas são o tipo de meninas com quem eu jamais falaria... até agora!

Foi no meio da manhã quando eu as vi da janela do andar de cima. Eu vi uma rapariga com os cabelos ruivo-escuros e fortes ombros de nadadora se enfiando no meio da plantação de tomate da mãe. Eu queria avisá-la para não mexer muito nas plantas porque a minha mãe ama o seu jardim. Essa rapariga pareceu-me muito nervosa, como se ela estivesse quebrando alguma regra. Mas pensando bem, ela estava mesmo: invadir o quintal dos outros é um crime, não é?

Então eu olhei para outra rapariga com um cabelo preto quase azul e com algumas madeixas rosas ela estava atrás do antigo pé de carvalho, que foi cortado para melhorar a iluminação. Ela mexeu em algo que deixou a camisa manchada.

Não muito longe dali, uma menina bochechuda de rosto redondo e cabelo loiro inexpressivo rastejou por baixo da cerca. Ela segurava seu jeans pela cintura para que ele não rasgasse e continuasse a parecer confortável em sua silhueta rechonchuda.

Por último, eu vi a minha vizinha Spencer observando a linha de divisão de nossas casas. A única razão para eu ter certeza do nome dela, e não saber o nome das outras, é que a irmã mais velha dela, Melissa, grita seu nome mil vezes por dia, seja no quintal, na garagem ou na frente da casa.

Spencer passou de fininho pelo meio dos arbustos de framboesa da minha mãe. Ela usava uma fita preta para prender o seu cabelo loiro-sujo. Ela estava toda de preto: camisa, calças e um sapatilhas da Puma. Parecia que ela queria se camuflar.

Parte II

Todas elas continuaram ali paradas. Alguma coisa me dizia que aquelas meninas não tinham combinado se encontrarem no meu quintal ao mesmo tempo. Quando eu vi que elas se olharam e se fecharam em um pequeno círculo percebi que eu estava certa. Spencer mexia suas mãos de maneira autoritária em direcção as outras. A madeixas-rosa espetou as suas botas ridículas em cima do meu relvado perfeito. A bochechuda fez uma careta e enrolou um pedaço do seu cabelo opaco no dedo. A ombros de nadadora olhou para o chão com cara de culpada.

"Eu cheguei aqui primeiro" gritou uma. "Eu cheguei antes de ti", choramingou a outra. "Eu vi-te a sair casa há pouco tempo".

De repente eu tive quase a certeza do motivo delas estarem aqui e o que elas procuravam. Eu gostaria de ter ouvido mais o que elas falavam mas, de repente, senti uma mão em meu ombro. Como sempre, eu fui puxada para outro assunto. É assim que a família DiLaurentis trata de ti. Nós sabemos perfeitamente o que está acontecendo mas tudo que devemos fazer é discutir. Quando a discussão entre elas estava encerrada, o meu irmão Jason apareceu na porta dos fundos e começou a resmungar, andando enfurecido pelo quintal. As meninas correram. Eu queria matar Jason!

Jason colocou e tirou o capuz de sua cabeça várias vezes. De repente, ele começou a olhar para o quintal de Spencer. Melissa estava sentada na borda de uma banheira de hidromassagem com Ian Thomas. A cara que Jason fez era de ódio. Suas bochechas ficaram tão vermelhas quanto os tomates da mãe. Eu quase soltei uma gargalhada. Não é possível que ele goste dessa nojentinha. Ele está com ciúmes de ver ela com Ian?
Eu, particularmente, acho que Ian merecia alguém melhor.
Finalmente, Jason começou a andar. Foi para no meio da floresta, afastando-se completamente das meninas, que estavam escondidas nos arbustos. Depois de eu ter certeza que Jason  foi mesmo para a floresta, eu mesma apareci na porta dos fundos. Os olhos das meninas arregalaram-se quando me viram. Elas ficaram imóveis. Elas me lembraram aqueles veados, que as vezes querem saltar no meio da estrada, mas em vez de saltar, ficam ali parado, sem certeza do que fazer.
"Vocês podem sair", eu disse com um tom de voz meio chatinho.

Parte III

Ouvi um sussurro. Uma das meninas tossiu. "Está tudo bem!"  eu disse em voz alta. "Mas se vocês vieram por causa da minha bandeira, está um pouco tarde. Alguém já roubou e eu não sei quem foi." disse a elas. Claro que isso era mentira. Jason pegou a bandeira da minha mão há pouco tempo. "Já chega!" disse ele com aquele tom de voz irritante e dramático sem me dar chance de pará-lo. Mas eu não queria contar isso as meninas, porque aí eu teria que começar um outro assunto e tudo ia ficar uma confusão. Era melhor eu fingir que não sabia de nada.

As raparigas começaram a rodear-me e a observar-me como se eu fosse feita de cristal Swaroviski. Os seus sorrisos estavam nervosos e iluminados, mas elas arrumaram os cabelos e relaxaram os ombros para fingir que estavam descontraídas. Elas fizeram mais perguntas sobre a bandeira e eu inventei mais coisas, dizendo que ela estava em minhas mãos e, um minuto depois, não estava mais. Eu também contei-lhes como eu enfeitei a bandeira e como eu estava com ódio de quem tinha roubado. Mas nessa parte eu não menti: foi Jason que pegou e eu estava com raiva dele por essas e outras razões.

De repente minha mãe apareceu na porta dos fundos. Ela tinha mudado de roupa: deixou o hobby e os chinelos de ficar em casa para usar saia e salto alto. Seus olhos cerraram na minha direcção, Todo o meu corpo tremeu. "Ali?"
As quatro meninas olharam para ela e eu também. Elas acenaram. "Então, nós estamos indo agora, ok?".
Eu respondi "tudo bem", dei um sorrisinho mas sem me mover eu disse tchau!.
Minha mãe continuou olhando como se tivesse algo a dizer. Vá logo, eu estou matando-me para não começar a gritar. Ela estava esperando que eu entrasse e fosse me despedir de um jeito mais fraternal? Só podia ser isso!

Elas amontoaram-se atrás de mim.
Finalmente, a minha mãe virou-se e trancou a porta de vidro. As meninas começaram a falar de novo e a repetirem os nomes delas. A Mechas-Pink era a Aria - ela tinha que ter um nome meio doido como esse. A bochechuda era Hanna. A cabelo cor de morango era Emily. Eu fingia ter memorizado mas não estava prestando muita atenção. O meu olhar continuava fixo para dentro da minha casa. As luzes do quarto do andar de cima apagaram-se. Eu ouvi um sussurro e a porta do carro fechou-se. Então, o Mercedes champanhe da minha mãe saiu da garagem. As janelas estavam fechadas mas eu pude ver os meus pais nos bancos da frente, sérios e a soluçar. Eles abriram a caixa de correios e aceleraram o carro.
Eu suspirei aliviada. Finalmente.
Eu virei-me para as meninas e percebi que não precisava mais delas, que não precisava mais estar com elas.Eu sou Alison Dilaurentis. Eu posso fazer o que eu quiser!

Parte IV

"Então, adeus" disse eu abruptamente. Eu marchei pelo quintal, meus saltos médios perfurando a relva. Eu girei a maçaneta da porta, que era de metal, e entrei. A cozinha estava vazia e fria. Alguém deixou a máquina de fazer café ligada mas não havia café na garrafa.

A minha mãe deixou a louça amontoada para não ficar nada a boiar na pia. Alguns casacos foram deixados perto da porta. Perto do fogão não tinha mais sapatos deixados ali  Eles estavam no tapete ao lado da máquina de lavar. Eu estava sozinha. Abri as cortinas sobre a pia e espiei o quintal. Aria, Spencer, Hanna e Emily ainda estavam lá, olhando chocadas.

Após um tempinho, elas abanaram as cabeças e cada uma foi em uma direcção. Hanna parou para amarrar um dos seus atacadores, acumulando gordura na cintura ao agachar perto de sua bicicleta. Emily suspirou e andou pelo meu quintal. Aria desapareceu em meio a floresta, abanando os ombros um pouco chateada. Spencer andou com a coluna bem recta rumo ao seu quintal. Ela fez uma careta como se estivesse com gazes.

Bom, mesmo assim essas meninas vão trabalhar para mim. Eu preciso de novas amigas; Naomi e Riley são passado. E elas tem potencial. Hanna usava um jeans Paper Denim maravilhoso (seria melhor se fosse alguns números menores) e que eu nunca vi nas lojas. Aria realmente é bonita, mas ela precisa ter o cabelo de uma só cor e não se vestir como um elfo. Emily tem um sorriso doce e posso dizer que aqueles ombros devem ser óptimos para chorar. E alguma coisa me chama atenção em Spencer, embora eu mesma não saiba dizer o que é. Talvez seja porque nós somos loiras, bonitas e queremos as coisas feitas do nosso jeito. Talvez raparigas como nós pensem da mesma maneira.
Com certeza, essas meninas vão adorar tudo o que eu fizer e vão fazer tudo o que eu disser - sempre.
Isso é exactamente o que eu estou procurando.

Uma nuvem parou em frente ao sol, escurecendo o interior da minha casa. Eu subi as escadas, parei diante da minha cama e a observei. Permaneci bem quieta em cima do tapete. O único barulho que se ouvia era do ventilador próximo da cabeceira. Fotos decoravam as bordas do espelho de tamanho grande e em uma mesinha estava um boletim com um aviso. As roupas estavam penduradas no guarda roupa; sapatos de salto, sandálias e uma sapatilha de ballet estavam guardados em um guarda-sapatos atrás da porta.

Eu olhei-me ao espelho e dei um sorriso. O meu coração ainda batia muito forte, mas por dentro eu estava calma e tranquila.
Respirei fundo, me sentei e comecei a escrever aqui. Afinal, depois de tudo, tenho algumas mudanças para fazer. Uma tonelada de planos para por em prática. E agora é a melhor hora para começar.

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